terça-feira, 10 de novembro de 2009

O calor...

Depois de muito tempo sem aparecer aqui, eis que eu volto. Como sempre com uma desculpa. Dessa vez foi a internet que sempre funcionou perfeitamente, mas um dia (no caso 4) ela resolveu para de funcionar. Ainda está funcionando com uma certa instabilidade, mas a gente reconsidera já que o calor dos últimos dias fez o mesmo conosco.


Existem muitas coisas que combinam. Rio de Janeiro combina com calor. Não com o dos últimos dias e sim com algo mais humano. O calor do Rio é uma das coisas que atrai gente do mundo todo. Em todos os sentidos. Para cá vem gente tentando fugir (coitados) do frio insuportável dos extremos do planeta e de outros pontos intermediários.
A busca pelo calor é algo que motivou muita gente. Desde a idade da pedra, com a "descoberta" do fogo, até os dias de hoje, com as praias lotadas. Da mesma forma, o calor desestimula muita gente a seguir em frente pelo que for. Eu mesmo sou uma dessas pessoas. Troco o calor insuportável pelo frio insuportável com a maior facilidade (Claro, para quem nunca viu a situação oposta de perto é muito fácil! Mas também poucos estão dispostos a isso, e eu sou um deles).
Não bastasse o calor em excesso ser insuportável, o metrô lotado da linha 2 também é. Nos dias de calor intenso a situação fica pior ainda. Se não fosse pela comida, eu diria que o calor atrasa as coisas. Veja só, basta olhar esses dias em que o ar condicionado do metrô não funcionou. Nos levou de volta a época em que não havia ar condicionado. Pior, trouxe às pessoas de volta a selvageria da idade da pedra na tentativa de garantir o direito a que elas tem de ir e vir no ar condicionado do metrô.
Mas as pessoas são naturalmente assim. Pelo menos por aqui. Podia ser no trem, podia ser nas barcas, podia ser nos ônibus...(Ops...acho que por aqui já aconteceu isso em todos eles.). Mas justamente no dia mais quente desse ano os refrigeradores de ar do metrô tinham que dar defeito?! A lei de Murphy não perdoa. Os selvagens também não. E para isso nós temos muito azar. Culpa do calor.


Para ilustrar a postagem, nada mais característico do verão do que descansar na sombra. Embora o verão ainda não seja a estação, ele já é uma realidade. A foto foi tirada no dia 5, mesmo dia em que os termômetros atingiram o pico de 40ºC.






=D

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

O nojo...




Muitas coisas com as quais nos deparamos no nosso cotidiano nos causam nojo. O nojo é uma emoção básica assumida por qualquer ser-humano saudável. Para Darwin o nojo se refere a algo que nos revolta.

Estudiosos afirmam que há dois tipos de nojo, a saber: o nojo físico...


É aquele que é causado por fontes materiais e por nós reconhecido por meio dos sentidos. O expressão de nojo é umas das mais características, tanto quanto a de alegria e de dor. Sentir nojo, para o organismo, nada mais é que reduzir os batimentos cardíacos e ligar o "ejetar" do que há no nosso estômago.


...e o nojo moral, que é aquele que temos de certas atitudes revoltantes.


Como eu falava no início, muitas são as coisas que nos causam nojo. Praticamente tudo que vemos, sentimos, comemos, ouvimos e cheiramos pode nos causar nojo.


De todas as coisas mais nojentas que passaram pela minha cabeça desde que eu comecei a escrever esse post, e olha que não foram poucas, eu diria que a barata figura a primeira posição. Na minha opinião, a barata é o animal mais nojento que existe por juntar em um só corpo os dois tipos de nojo. O físico pela sua aparência asquerosa, seu cheiro característico e (pasmem, eu sei como é) seus membros ásperos. E o moral por se aproveitar dos momentos de fraqueza do ser-humano para aparecer. 


Até aqui é possível encontrar uma certa unanimidade entre as pessoas. Acho que todas acham a barata um bicho nojento. Mas a verdade eu não posso deixar de contar. Sou duramente criticado por ter nojo de barata. Minha avó, por exemplo, faz questão de contar para qualquer um, quando este assunto surge, que eu tenho nojo de barata. Embora ela não viva sem flit, e nos momentos de maior desespero ainda recorra ao método mais prático (o grito), eu por ser homem, não posso ter nojo de barata. Não me lembro de nenhuma vez que eu tivesse feito um escândalo por causa de uma barata voadora que tenha entrado na calada da noite na sala em quanto a novela passava. Nem de nenhuma vez que eu tivesse saído correndo e gritando do banheiro enrolado numa toalha porque havia uma barata dentro do box. Mas a nossa sorte é essa. 


E pra provar que eu não tenho mais nojo de barata (embora a barata seja sim um animal nojento) e também para poder ilustrar essa postagem, deixarei uma brincaderinha mais nojenta do que saudável.


=@    <=== náusea 



  

  

  



domingo, 1 de novembro de 2009

A crueldade...


A- "Boa tarde! Eu vim buscar um documento que eu pedi."
G- "Sim, qual o seu nome?"
A- "Alberto. Eu pedi uma declaração há uns dois meses"
G- "Ah! Estou me lembrando do seu caso."
A- "Da última vez que eu vim aqui, tinham errado um número do meu RG."
G- "Faz duas semanas que está pronto."
A- "Faz duas semanas que o elevador não está funcionando. Seria uma frustração muito grande subir 10 lances de escada para chegar aqui e descobrir que não estava pronto."
G- "Está pronto sim. Acharam até que você tinha desistido de pegar."
A- "Nunca! depois de tanta luta?!"
G- "Perae, acho que o seu documento está numa dessas pastas."
A- "Ok!"

Nesse meio tempo eu crio um desejo de traça de, depois de dois meses, ver um pedaço de papel meio digitado, carimbado e assinado. E o funcionário G cria a satisfação de ver um dos idiotas que paga o salário dele, mas que nunca vai o ver fora dali, sendo bem atendido e nunca mais voltando para lhe dar trabalho.

G-"Pronto, é este aqui! É só assinar aqui."
A- "Posso conferir antes?"
G- "Pode, mas não é possível que haja outro erro!"
A- "Eu também acho que não, mas desde quando eu entrei no CEFET até hoje eu já vi de TUDO aqui dentro."
G- "Mas dessa vez não tem erro não. Até porque se tiver..."
A- "Eu vou precisar que ele faça outro, sim. Tem um erro aqui. EU não acredito."
G- “Ah! Você está de brincadeira?!"
A- "Não estou não. O nome da orientadora está errado. Olha, saiu Veigas no lugar de Viegas."
G- "Mas isso nem faz muita diferença!"
A- "Quase nenhuma. Mas é que em todas as publicações aparece o nome dela correto. Em todos os materiais que saíram na mídia também. Eu acho que num documento também deve sair."
G- “Eu não acredito que você vai pedir outro documento por causa disso."
A- "Vou sim e você, por favor, me dê um protocolo dessa vez."

O ar era de desapontamento. Da parte dele, porque a traça sairia dali com o papel do protocolo pelo menos.

G- "Olha, você tem certeza que não quer ficar com esse? Só tem uma letrinha errada. Ninguém vai reparar nisso."
A- "Eu não posso aceitar um documento com um dado errado. E também não vou contar que todos sejam desatentos como a pessoa que fez esse documento."
G- "Não é exagero não? O rapaz vai ter que fazer outro papel."
A- "E eu espero que ele não erre dessa vez."

Uma pausa para reflexão.

G- “Tá bom! Vai ser corrigido!"
A- "Você quer o nome certo?!"
G- "Fala."
A- "É Regina Viegas e não Veigas como saiu aí."
G- "Tá bom, vou falar com o chefe do departamento."
A- "Semana que vem eu posso vir buscar."
G- "Vem pelo meio da semana!"
A- "Tá bem."

E a traça já ia saindo quando G grita.

G- "Tem certeza que não tem mais nada errado?!... esse é o último que ele vai fazer."

A traça para e pensa: Se aquele é mesmo o último a ser feito, melhor corrigir logo todos os erros. Assim a gente evita de criar problemas e eu deixo de correr o risco de ter que me satisfazer apenas com o papel do protocolo.

A- "Na verdade tem sim. Aqui na terceira linha, tá vendo, científica está sem acento. Acho que é só isso! Valeu, hein?!"

A traça sai e desde então está se deliciando com uma tirinha de papel, preenchida, carimbada e assinada que serve apenas de entrada para o prato principal que ainda vem por aí.

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