terça-feira, 30 de março de 2010

A diferença...

Certamente os leitores (aqueles que eu me forço a acreditar que existem) devem estar esperando que eu fale alguma coisa sobre como é viver aqui.

Eu estava esperando completar um mês da minha mudança para começar, mas pode ser que daqui a uma semana eu não me lembre de tudo (como eu agora posso também não lembrar).

Mas vamos lá:

Aqui as pessoas dão um beijo só pra se cumprimentarem. Deve ser pra economizar. Só não sei se, com essa mudança, "pra casar" basta apenas dois beijos (se for estarei comprometido com muita gente).

Embora alguns saibam o contrário, LAGARTO por aqui é carne exótica. Só não me perguntem como é porque eu ainda não cheguei nesse capítulo. Por aqui, o nome certo é Posta, sendo vermelha o lagarto redondo e branca o lagarto plano.

Bom, salsicha por aqui é vina, estojo é penal (se bem que tem muita gente que já concordou que estojo é bem mais moderno, aliás, pra quem não pegou a idéia, penal é o lugar onde se guardam as penas, esferográficas inclusive). E, é muito mais fácil você encontrar uma panificadora do que uma padaria por aqui.

Os governantes daqui gostam de homenagear integralmente uma pessoa. Dessa forma, por menor que uma rua seja, ou ainda que ela nem tenha saída, dá-se a ela o nome completo do cidadão. Reparei nisso quando fui visitar meu tio e, no caminho para a casa dele, havia uma rua de não mais que 100 metros e sem saída de nome Maria A. Zaramella Grandez, e olha que abreviaram o segundo nome para reduzir. Isso se repete muito por aqui.

O tempo aqui é outra coisa. O fato do dia nascer lindo não é garantia de que ele vá terminar do mesmo jeito. Mas isso é assim em qualquer lugar do mundo! Qual a diferença, então? A diferença é que aqui o dia começa de um jeito e pode até terminar do mesmo jeito, mas não antes de mudar um dúzia de vezes. Por exemplo: Hoje o dia começou com chuva. Aquela chuva que parece que vai durar uma semana inteira. De tarde o tempo abriu. Em seguida, ventou, como se viesse uma nova tempestade. Quando eu cheguei em casa uma névoa, bastante ofuscante, pairava sobre a cidade. E agora, além de poder voltar a ver o topo dos prédios, posso ver as estrelas num céu bem aberto e sentir o frio que o vento trás. E por mais estranho que isso pareça, aqui em Curitiba é normal.

=*

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